terça-feira, 29 de março de 2022
CONCURSO TEMÁTICO - FOTOGRAFIA NOCTURNA
segunda-feira, 14 de março de 2022
O PORTO - UM LIVRO DA PORTOGRAFIA EM 2022
A convocatória foi feita, e aguardamos a vossa participação.
domingo, 13 de março de 2022
PORTOGRAFIA e COLECTIVO f4 - UMA PARCERIA FORTE
Em 2010 a Portografia e o Colectivo f4 consolidavam amarras e decidiram promover na Vila de Mogadouro uma exposição conjunta com o objectivo de descentralizar o culto fotográfico.
Mogadouro
estava em ampla fase de crescimento e possuía agora boas instalações
expositivas em obra arquitectónica cativante. Eram espaços amplos capazes de
albergar uma boa centena de trabalhos, e com o título de
"Planaltofotográfico", decidimos promover uma colectiva que tinha por
base a fotografia documental, mas que se alargaria a outras disciplinas, visto
terem-nos cedido dois espaços, além do auditório da Casa da Cultura, onde se
realizariam conferências e tertúlias fotográficas...
Publicitou-se
a actividade e não se fecharam portas a ninguém. Tivemos participações tanto de
Portugal como da Galiza, e a festa aconteceu.
“Mosteiro de Tibães”
Mosteiro de
Tibães ou Mosteiro de São Martinho de Tibães, englobando a Igreja e o Cruzeiro, situa-se em Mire de Tibães, concelho de Braga e foi
fundado no século XI.
Os edifícios principais actualmente
existentes foram construídos nos séculos XVII e XVIII.
Com a extinção das ordens religiosas
masculinas ocorrida em 1834, é vendido em hasta pública, com excepção da
Igreja, Sacristia e Claustro do Cemitério.
Ficou nas mãos de privados até 1986. Foi
classificado como Imóvel de Interesse Público em 1944.
Dada a sua importância no mundo imperial português,
o Mosteiro era detentor do maior e mais valioso espólio da região. Possuía todo
tipo de arte então reconhecida, uma enorme colecção de livros, artigos
provenientes das antigas colónias, arte sacra, entre outros. Mas a maior parte
do espólio foi perdido. Em 1986, após a aquisição pelo Estado Português, é
iniciado o processo de recuperação do espólio.
“O Meu Mar”
...Fonte inesgotável de beleza, imensidão, mistério... De Vida e Morte...
...Pousio de aves, de tanto ser vivo, ganha-pão de pescadores que dele vivem e muitas vezes lhe dão a própria vida...
...É um
privilégio poder nuns dias mergulhar nas suas águas suaves e aconchegantes...
...Noutros,
de longe, viver o seu rugir e a sua força desabrida, em momentos de loucura
total...
...Por tudo
isto lhe passeio os meus olhos, lavo a minha alma e levo para casa uma
recordação sua...
...Temos uma relação chegada e aberta, confio-lhe alegrias, problemas e desgostos e ouço também atentamente o que tem para me dizer...
...Passamos muito tempo lado a lado... Como dois grandes amigos que somos...
Aurora Marques
“As Árvores Morrem de Pé”
Uma viagem fotográfica pela Serra da Freita após os incêndios de 2010.
Duarte Fonseca"Brasileiros de torna viagem" – Palacete Pinto Leite – Porto
Edifício notável, onde são visíveis os traços de sabor neopalladiano, de influência inglesa, num momento pouco comum da Arquitectura Portuense do século XIX, muito marcada pelas Belas-Artes francesas.
A Câmara
Municipal do Porto adquiriu a propriedade aos herdeiros em 1966, para instalar
o conservatório de Música, que aqui funcionou de
Nas antigas
cocheiras recuperadas começou a CMP, desde
“Imagens do Planalto”
Com este trabalho procura-se retratar os locais, as gentes e o trabalho no Planalto Transmontano.
José F. Magalhães"FRAGMENTOS 20X30"
A série de
20 fotografias apresentadas na Galeria são peças soltas de um portefólio de
trabalhos recentes do autor.
O fio
condutor destes variados cenários apresentados nesta mostra é o tratamento da
imagem onde a vinhetagem e tonalidade cromática provocadas em laboratório
digital enfatizam a zona central do fotograma.
A ausência da figura humana, ou a sua dimensão reduzida apenas para dar escala ao objecto, são outra característica dos trabalhos do fotógrafo, que assim nos lança para o silêncio e a contemplação dos espaços que lhe mereceram atenção.
Luis Raposo“Abandono e Solidão de uma Terra”
Peredo da
Bemposta é uma terra algo perdida e de, certa forma esquecida, no meio do
Planalto Transmontano. Esquecida por aqueles que lá viveram e partiram na demanda
de futuros mais risonhos. Os poucos que ficaram, de idade avançada, assistem à
degradação das casas e dos objectos que fizeram parte do seu dia a dia. O
portão da entrada é fechado com um atilho de plástico, os vidros das janelas e
das portas partem-se, os degraus de pedra da entrada principal da casa
estragam-se e os telhados caiem. Muita gente se quer desfazer do que tem por
falta de quem trabalhe. Por isso, o letreiro de “Vende-se” ou “Vendo” é visto
amiúde. Foi este abandono que os meus olhos viram, o abandono das casas e das
terras e todo o trabalho às costas de uma população envelhecida,
preponderantemente feminina. Não há crianças nesta aldeia e as escolas deixaram
de funcionar como tal, tendo-lhes sido dado outro destino. As mulheres viúvas
tratam da casa, dos animais e da horta. Trabalham de sol a sol, lutando contra
a solidão. A igreja é o local onde se juntam os habitantes desta terra para
pedir a Deus por dias melhores. Quando esses dias melhores acontecem, agradecem
os mais afortunados aos deuses, construindo pequenos nichos com os santos que,
na sua fé, lhes terão concedido as graças. Os campos de trigo, a perder de
vista, convidam à sua exploração e as medas parecem, ao longe, bolas de
brincar.
Estava impressionante o céu nesse dia. A igreja erguia-se para o céu e rezava. As oliveiras com os membros erguidos rezavam também, ou talvez não, mas pareciam preces o que eu ouvia…
Teresa Teixeira