A PORTOGRAFIA - Associação Fotográfica do Porto é uma associação de direito privado, fundada em 30 de Junho de 2009, tendo como objectivo promover a divulgação da fotografia, organizar encontros de associados, exposições, concursos e colaborar em iniciativas da comunidade em que se insere e regula-se por ESTATUTOS que foram outorgados em notário e publicados em Diário da República em 30 de Junho de 2009.

segunda-feira, 27 de junho de 2022

GAZETA DA FRAGUINHA - MONTANHAS MÁGICAS

 



A convite da portografia – Associação Fotográfica do Porto, o repórter da “Gazeta da Fraguinha” acompanhou, no passado dia 25 de Junho, parte do Passeio Fotográfico “Montanhas Mágicas”. O que se segue são apontamentos esparsos dessa jornada.

Vindos de vários pontos cardeais, os destemidos madrugadores, equipados a rigor, convergiram para o ponto de partida, ao km 295 da A1.

Em filinha, seis veículos, carregados de fundadas expectativas, avançaram até ao centro de Carregosa onde mais um expedicionário se juntou à caravana.

Daí em diante percorreram-se, frase do Presidente, “as muito (mais) bonitas estradas nacionais”.

Após (muitas) curvas e contracurvas, a primeira paragem, já nas Montanhas Mágicas: o planalto da Senhora da Lage.

Nuvens baixas envolviam o cenário, com algumas nesgas por onde se vislumbrava algum azul.

Câmaras fotográficas em riste, os passeantes deambularam pelo local e, à laia de aquecimento, foram clicando.

Uns quantos, mais entusiasmados em descobrir ângulos menos óbvios, embrenharam-se em zonas de vegetação rasteira. Nada de especial a não ser, o repórter soube-o mais tarde, que os pés ficaram ensopados. Escondida na vegetação, muita água havia das chuvadas da madrugada. Sem dramas, a humidade seria mitigada algum tempo depois, em outras paragens, com botas, meias e pés distendidos ao sol.

Por essa altura, em surdina ou de forma mais audível, questionavam-se: “com estas nuvens será possível o exercício de astrofotografia ?”. O mestre na arte elucidou os mais cépticos: “por vezes, em astrofotografia, as nuvens até dão algum jeito…”.

Algum alvoroço. Algo de especial surgiu vindo da bagageira de um jipe: uma cadeira, modelo ‘realizador’. Toda de preto colorida. Pelo bruá, o repórter apercebeu-se que será um objecto de culto. Posta entre pedras e ervas, ali permaneceu para que os fotógrafos se aventurassem em registos criativos.

Havia que prosseguir. Adiante uma paragem no miradouro da Mizarela. Cenário digno da National Geographic. E a queda de água, da altura de uns sessenta metros era a atração. Ao longe, no cume de uma elevação, uma torre cilíndrica encimada por uma grande esfera. Torre Meteorológica diz a legenda no miradouro. Aí, o repórter alvitrou: ”deve ser o radar da Força Aérea”. Ledo engano. Mais tarde constatou que ainda existe o tal para ajuda dos aviões mas noutro ponto próximo, a norte daquele ponto de observação.

Hora de avançar. Já havia quem suspirasse pelo almoço. Mais a mais avistaram-se umas rezes da raça arouquesa a pastarem nas escarpas próximas.

Ladeada a povoação da ora denominada Albergaria da Serra (em tempos, Albergaria das Cabras. “E dos cabrões que por lá passam”, ouvi, faz muitos anos, de um nativo).

Amplos horizontes nos aguardavam. Um dédalo de estreitas estradas, caminhos e carreiros pela frente. Em sentido contrário, ciclistas, em grupos ou isolados, pedalavam, pedalavam. Direi mesmo, em pedalada furiosa, ofegantes. Como se fugissem de algo aterrador. Diga-se neste ponto que eram participantes de uma prova de Trail (100 kms na versão mais dura).

A placa na berma indica: "Pedras Boroas”. Havia que cumprir o roteiro. Um pequeno desvio da estreita estrada e ali estava o dito afloramento granítico em que a superfície de parte dos - com o devido respeito – pedregulhos remete visualmente para a crosta de uma boroa cozida no forno.

“Parece-se com a broa de Avintes !” exclamou um. Como se dirá: “boroa” ou “broa” ? lançou outro abrindo uma erudita discussão. Como o Dr. Google estava indisponível ficou a pairar a dúvida. Nota: ambos vocábulos estão correctos. “boroa” é antiga expressão que evoluiu para ‘broa’.

 A caminho das “pedras parideiras” o grupo excursionista deteve-se para que o professor de astrofotografia adentra-se um metros para fazer a exemplificação de escolha de local propício à dita maneira de fotografar os astros, a começar pela determinação dos pontos cardeais.

Um desvio para alcançar Castanheira, terra-mãe das pedras parideiras.
Explicações científicas à parte, retenha-se o que na Wikipédia é dito: “As Pedras Parideiras simbolizam a fertilidade na tradição ancestral da região, esta tradição está ainda presente nas populações locais. Acredita-se que dormir com uma pedra parideira debaixo da almofada aumenta a fertilidade.”

Junto ao local marcado e demarcado das tais parideiras, uma habitante, de provecta idade, toda de negra vestida, estava sentada tentando os turistas ocasionais à compra, não usando esse termo por mor de consequências fiscais (não passa factura nem cobra IVA). Talvez por isso não autorizou que fosse fotografada. O Sr. Presidente sentou-se próximo da dita. Conversaram, conversaram.

Ó senhora, tem ar de professora. Leve umas pedrinhas para os seus alunos”. Não teve sucesso. Outros interessados virão.

Impunha-se rumar até Manhouce, local aprazado para o ansiado almoço. A ‘Casa Barreira’ aguardava-nos. Bebidos uns aperitivos, umas trocas de impressões e, ala que se faz tarde.

Restaurante singelo, sem estrelas Michelin (outras estrelas aguardam o grupo lá mais para a noite). A carne arouquesa assada bem guarnecida por batata e arroz não defraudou as fundadas expectativas. Um almoço frugal claro.

Entretanto, o repórter escutou: “ Não passará a fotografia de um pretexto para muitas outras coisas?”.

Antes que a torpeza pós almoço se instalasse soou a ordem de partida. Entrava-se na serra da Arada. Travessia de aldeias feita, um carrossel de sob-e-desce e aportámos numa planície rodeada de colinas, mescladas de agrestes pedras e vegetação abundante com predominância de bétulas. Vislumbra-se uma lagoa ou lago que (ainda) retém água que escorre de pequenos fios de água montanhas abaixo. Lago da Garça (que não vislumbrámos) será o seu título.

Próximo, o Retiro da Fraguinha. Parque de campismo onde terminava, por assim dizer, a primeira grande etapa. Uns quantos ali armaram literalmente barraca, perdão, tendas para a previsível curta pernoita por mor da sessão de astrofotografia.

O repórter, por razões de outros afazeres e compromissos, deu por findos os seus serviços que, registe-se, tiveram o alto patrocínio da Direcção da Portografia.

Não tires mais que fotografias e não deixes mais que pegadas” interessante frase exibida num pedaço de lousa posta em sossego na esplanada do Retiro.

 

CC








































sexta-feira, 24 de junho de 2022

CONCURSO TEMÁTICO - INTERIORES

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